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Adriane Salik

Analista Junguiana

CRP 08/11185​

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As faces na morte.

Atualizado: 25 de mai. de 2020




Tudo o que está vivo morre. Morrem os pássaros, que adoecem e não podem mais alçar vôos, as plantas que não produzem flores, morrem-se sonhos, daqueles que nunca foram sonhados. Morrem palavras que foram ditas e também as que não foram. Crianças que não tiveram a chance de percorrer as suas jornadas, que foram interrompidas. Interrupções que são tão nefastas para as concepções de vida, de florescimento. Nem tudo são flores... dizem. Enfim, morre-se. De alguma maneira, somos todos impelidos pelos grandes movimentos de vida e de morte. Mas da morte, queremos apenas quando for a nossa hora, e quando será? E se esta hora for antes de for a hora? Existe tempo certo para existir? Existe uma moral para a morte? Talvez a morte seja mais próxima de nós até mesmo que a vida! Explico... não se tem vida se não se souber que a morte é o fim, o ponto final, não adianta ter pensamento positivo, ela virá, como tsunami... sem deixar vestígio... ela virá nas amizades que pareciam tão profundas, na fotografia de família, onde o tempo trabalha as coisas que são inevitáveis, trabalha nos afastamentos. A impermanência das relações e o sofrimento impresso em cada ausência de um ente. A única pessoa que percorrerá junto a você toda a sua vida será você mesmo. Assustador? Sim e, quem sabe não, pois estabelecer novos rumos para uma intimidade intrapsíquica seja tão necessária quanto os anos dedicados aos outros. Fica uma questão que o seguinte koan propõe: "qual era a sua face antes de nascer?".

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